19.04.20
Escola adormecida
império do silêncio
imitação da vida
Nas salas, o quadro, o giz, as cadeiras, as mesas
trocam olhares de consternação
as portas e os armários interrogam-se
constroem diálogos mudos
sobre a quietude que domina o espaço
e a desilusão
De vez em quando,
pequenos estalidos interrompem o vazio,
alimentam esperanças
afinal é apenas a chuva que fustiga as janelas
num acto doloroso e sombrio
A campainha ainda toca
marcando compasso
alimentando a expectativa
do regresso de um abraço
Na biblioteca, adormecida
os livros anseiam pelos olhos que lhes dão vida
Lá fora,
só as sombras dançam no pátio
as árvores, as paredes, a calçada
choram
Os edifícios aguardam em desassossego
mergulhados em saudade
esperam, anseiam
pelos olhares
pelos sorrisos
pelas brincadeiras
pelas correrias
pelo colorido
pelos corpos
pelas almas
que lhes dão sentido
Para voltarem a ser Escola
Fernando Alagoa © todos os direitos reservados
império do silêncio
imitação da vida
Nas salas, o quadro, o giz, as cadeiras, as mesas
trocam olhares de consternação
as portas e os armários interrogam-se
constroem diálogos mudos
sobre a quietude que domina o espaço
e a desilusão
De vez em quando,
pequenos estalidos interrompem o vazio,
alimentam esperanças
afinal é apenas a chuva que fustiga as janelas
num acto doloroso e sombrio
A campainha ainda toca
marcando compasso
alimentando a expectativa
do regresso de um abraço
Na biblioteca, adormecida
os livros anseiam pelos olhos que lhes dão vida
Lá fora,
só as sombras dançam no pátio
as árvores, as paredes, a calçada
choram
Os edifícios aguardam em desassossego
mergulhados em saudade
esperam, anseiam
pelos olhares
pelos sorrisos
pelas brincadeiras
pelas correrias
pelo colorido
pelos corpos
pelas almas
que lhes dão sentido
Para voltarem a ser Escola
Fernando Alagoa © todos os direitos reservados
Sem comentários:
Enviar um comentário