terça-feira, 8 de setembro de 2020

Jantar convívio - 18 de setembro

 

ATENÇÃO!!!!!

"Devido à actual pandemia e de forma a manter a nossa e vossa segurança, alertamos que de forma a validar a 
sua/vossa inscrição neste jantar, é condição essencial e obrigatória que o pagamento seja efectuado por 
transferência bancária para o IBAN da ACPS (PT50 0033 0000 45466908747 05) e  posterior envio do 
respectivo comprovativo para o email da nossa Associação casapoesiasetubal@gmail.com com o nome 
ou nomes dos inscritos.

O custo do jantar serão 20€

Voltamos a alertar que esta inscrição é "OBRIGATÓRIA" sem a qual não podemos garantir o lugar neste convívio
que tem limites de 50 lugares.

Agradecemos a vossa compreensão nestas excepcionais circunstâncias...



quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Diário de um tempo estranho ( 08/07/2020 )

 

 

                   DIÁRIO DE UM TEMPO ESTRANHO

 

           Como sendo um dos participantes neste projecto, retenho presente a recomendação expressa, de mencionar e registar que este  meu Memorandum diz respeito apenas à Pandemia do virus “ batizado “de Covid – 19.

          Assim, dispensando qualquer avaliação mais cuidada, verifica-se que o tão enfático   

( nas conferências de imprensa ),  e “atamancado” desconfinamento, ocorrido no início de Junho/2020, terá sido, como se vai verificando, menos ponderado, pouco ou nada programado, e decretado com com relevo e ostentação, mas ao que parece, sob coacção.

           Com efeito, os media não conseguem camuflar nem simular notícias dimanadas por entidades que deveriam ser escrupulosamente ciosas da verdade, e que, aqui ou ali vão escorregar na falsidade, e quantas vezes em censura. . .

            Desconfinamento sim, pois entende - se que a situação económica de Portugal,

o P I B, a indústria, o Turismo, micro e macro-empresas, o emprego, o Lay off, enfim, e toda a “máquina” capaz de gerar bens alimentares e garantia económico financeira, vai ficando um descalabro, tanto para patrões como para  empregados.

             Correcto, há que gerar riqueza, pois as notícias que se divulgam são alarmantes.

             Gritantes são já a fome, o desemprego, a instabilidade social, os males psiquiátricos, e tantos, tantos outros semelhantes, que atingem (como o vírus e a pandemia), patrões e empregados.

            Há uns rasgos benfazejos de solidariedade, boa vontade, cooperação.

            Porém, há aquele aforismo bem conhecido “ não dês um peixe; ensina a pescar “.

            O desconfinamento não acautelou: transportes, atendimentos ao público, reorganização e estabilidade hospitalar, praias, o êxtase das Festas dionisíacas, as organizadas orgias libidinosas. A indisciplina intrínseca das populações, lotação em excesso dos transportes públicos, abertura sem regras de fronteiras e lojas comerciais, etc, etc.

              Há que referir a sempre conflituosa intervenção policial nas citadas festas, e alegações de que algumas são autorizadas e outras proibidas. . .

             É que a 2ª vaga do vírus pandémico está aí. A morte, igualmente.

            O “ fogo”  mal apagado, reacendeu-se. . .

 

            08 Julho 2020

            “elmano “

domingo, 21 de junho de 2020

Diário de um tempo estranho (15/06/2020)


          Após um curto interregno ( não esquecimento ), no envio de um temático e fugaz apontamento relacionado com o sempre presente e infeccioso Codiv-19, retomo peculiares apreciações sobre já tão teimoso e fastidioso assunto, na minha perspectiva.
           Aos poucos e com muito propalada cautela, as autoridades do país ( políticas e de saúde)  vão abrandando as medidas de confinamento de áreas de actividade tidas como indispensáveis e principalmente do foro laboral, económico,
financeiro, turístico, productivo, e afins, para, infere-se, recuperação sócioeconómica.
           Nesse sentido assiste-se por um lado ao levantamento cauteloso de restrições em especial nas empresas comerciais e ao cancelamento de festividades com grandes aglomerações (estranhando-se a segregação declarada), concertos Rock, e actividades de vida nocturna de concentração maciça de pessoas, a título de exemplo.
              Há que preservar, dizem as autoridades, com ênfase redobrado,  tanto a possibilidade de infecção pelo vírus e suas trágicas consequências, como a urgência de as empresas produzirem e facturarem e os seus empregados receberem os seus salários e segurarem os seus empregos.
                Equação algo delicada.
                Outra absurda reação provocada por certo pela pandemia, é vaga de crimes violentos verificada nestes tão estranhos tempos.
                Nota final para o facto anómalo de o tristemente famoso Codiv-19 ter, por exemplo, obrigado a cancelar as tão populares e carismáticas “ Marchas de Santo António “ , em Lisboa.

Elmano
15.06.2020

Diário de um tempo estranho ( 10/06/2020)


              Confinado à premissa incontestável, de que estas reflexões se orientem exclusivamente no sentido do vírus infeccioso e pandémico, decidi “ abrir “ um pouco os horizontes a uma curta e cautelosa digressão à  minha tão querida, romântica e bucólica Serra da Arrábida, com o objectivo de explanar a minha imaginação, e, de modo concomitante, obter ar livre, alegria e felicidade.
               Para o efeito pretendido, configurou se-me adequado não estar a Arrábida sob o signo do intelectualismo ético de pseudo - intelectuais.
               Com efeito, é deprimente ter que dirigir todos os pensamentos e reflexões num único sentido, muito embora sejam ou possam eventualmente ser pródigos e/ou alternativos; ainda que ( no caso presente ), sob o embaraço de vírus pandémico.
                 Quão belo e sonhador este tão conhecido e visitado cenário indescritível: mar e mais mar (azul esverdeado) quase sem fim, a baía tão maravilhosa; Tróia e seus encantos; praias, o manto verde com que se veste, enfim, refúgio privilegiado de Sebastião da Gama e Frei Agostinho.
                   Para o final do dia, a cereja sobre o bolo : o nosso sempre inesquecível, belo e sonhador contraste do Pôr do Sol sobre o mar . . .
                    Mais tarde, o recolher a casa, onde mais uma vez me aguardavam : a lamurienta, a desgastante e entediante  praga pandémica, sem qualquer hipótese de pensamentos alternativos e exequíveis, a permitir, mesmo ao de leve, uma curta pausa à tóxica  desinformação massiva dos media, no respeitante à grave situação  em curso e em vias de proliferação.
                     Constata-se, pelos factos, que cada vez mais se pretende regredir à “normalidade”.
                      Questão : o que é, nesse caso, a normalidade ?
                       Vou ter que aguardar pacientemente uma possível alternativa . . .
10.06.2020
“elmano”


domingo, 7 de junho de 2020

Diário de um tempo estranho (07/06/2020)


Circunscrito ao rígido facto, incontornável / inquestionável ( na minha perspetiva ), que tem por tema: “diário de um tempo estranho”, resta - me dirigir esta
dissertação / diário, nesse sentido. Cumpre-me, deste modo, mostrar algo manifestamente preocupante daquilo que de negativo vai acontecendo no que respeita à pandemia disseminada a partir do  virus Codiv-19.
Em linguagem nada elaborada, limito-me tão só ás já rotineiras e mais que fastidiosas notícias dos media, que vão transmitindo relatórios assustadores da evolução da pandemia, bem como vai sendo tratada esta gravíssima questão, nomeadamente a nível hospitalar. De tão repetitiva, parece configurar já uma saga ou novela, com guião trágico, de talento obscuro.
Enfim, com a volúvel esperança tão propalada nas redes sociais, ( passo a citar ) “vamos ficar bem”, atrevo-me a referir, timidamente, que desde Março/2020, início como se conhece, do período de “ quarentena “, passando pela calamidade, e agora com o intitulado abrandar faseado do confinamento, é
de supor iniciar-se um período de acalmia . . .
Urge, referem os técnicos, recolocar a economia a funcionar, para a sua ( lógica ) recuperação, pois a engrenagem financeira, empresarial, comercial etc, não se compadece com, alega-se, paragens, mesmo que do outro lado esteja a morte. No entanto verificam-se novos e perigosos surtos, circunscritos a zonas de Portugal, que vaticinam mais pandemia.
Simulam incêndios mal apagados que voltam a reacender-se.
Regressaram a violência doméstica e crimes violentos. Já estou a tergiversar.
O tema é apenas “tempo estranho e pandemia codiv-19. Esperemos pela “normalidade”. . .

07.06.2020
“elmano”


terça-feira, 2 de junho de 2020

Diário de um tempo estranho (29/05/2020)


A Natureza não é dos humanos;
É livre, autónoma, sem grilhetas,
Sofredora de perdas e danos.
Libertária, paciente, imprevisível.
Saturada já de maus excessos,
Resolve o problema:
Equilibra o Ecossistema.
Biodiversidade incorruptível !

Conspurcada por acções abjectas,
Revoltada, no mundo lança a pandemia,
O Covid – 19, as infecções, à porfia.
Mostra aos humanos serem eles da terra,
Nem que seja pela guerra . . .

Coronavirus tão insólito quão injusto,
Dá o aviso á navegação :
Não mata a qualquer custo,
Propaga medo, pânico, desolação.
Deixa tristes sequelas, o Caos, a tragédia,
Fome, pânico, ansiedade, insegurança .

Surpresa ! Os controversos multimédia
Vão mostrando números da matança.

29.05.2020
“elmano”

Diário de um tempo estranho (28/05/2020)


Balizado em parte pelo ambiente deveras constrangedor, degradante e transversal que ocorre no mundo, permito-me produzir considerações sobre o caso, cujo nome de “ batismo “ é Covid-19.
Amanhecer cerca das 06h 30m, com já muito sol e promessas do “ Borda d'Água “, de temperaturas altas de calor acima da média para a época.
Nesta mais que enredada conjuntura, passa a existir um plano da União Europeia para
( afirma-se ), a chamada estabilização económica e sua discussão, para possível equilíbrio e reposição de danos nessa área,  causados pela pandemia que vai  assolando o mundo, dando origem ( para mim ) a uma espécie de saga que tem por nome, vírus Codiv-19.
            Alguns estados europeus estão contra e opinam, vinculativamente, que quantos mais idosos morrerem mais a economia ganha. . .
No nosso país, com o anunciar de medidas e acções tendentes a colocar em marcha sectores importantes ( para empresas e empregados ), da economia, do turismo, transportes, comércio indústria, exportação, enfim todo um sem número de valências
dinamizadoras também da acalmia social, que como é óbvio e líquido, são a manutenção do seu lugar de trabalho, salário e vida económica.
Temos ainda a delicadeza e ponderação dos factos de abrir fronteiras, o complexo Lay Off e os indícios de empresas a navegar em águas que se pretendem bem mais transparentes.
Tudo isto conjugado com o avanço e a  proliferação do vírus, quer por descuido, descontração e facilitismo, poderá complicar-se, não tomando as devidas cautelas e recomendações das autoridades.
Um apontamento para generalizados casos de auxílio psicológico, com origem no medo e ansiedade, com origem na pandemia .

28.05.2020
“elmano”

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Diário de um tempo estranho (16/05/2020)


CONFINAMENTO VERDE

I
Decorrem calmos os dias
Não sem algumas canseiras
Mas são mais as alegrias
Que colho das sementeiras.
II
Planeei um batatal
Que não levei a efeito
Substitui-o por um faval
Que deu favas a preceito.
III
As nabiças, que sensação
Cresceram verdes, viçosas.
Nas belas sopas de feijão
Ficam mesmo deliciosas.
IV
As cebolas estão a crescer
E vêm muito animadas
É certo que vou comer
Umas belas ceboladas.
V
Mesmo ao lado o belo alho
Está quase pronto a colher
É o que dá menos trabalho
Planta-se e é vê-lo crescer.
VI
A fresca alface, coisa sã
O rico espinafre ferroso
Coentros, salsa, hortelã
Que tornam tudo apetitoso.
VII
As abóboras e as corgetes
São um regalo de ver
Talvez não colha “paletes”
Mas vão produzir a valer.
VIII
Nos dois últimos canteiros
Artísticos e bem verdinhos
Vêem-se os belos tomateiros
Já com os seus tomatinhos.
IX
A mãe Natureza é grata
Nunca deixa de agradecer
À mão que bem a trata
E a sabe compreender.


ARNALDO RUAZ
16/05/2020

Diário de um tempo estranho (25/05/2020)


Amanhecer soalheiro com promessa de temperatura a subir.
Constrangido ao obrigatório confinamento, neste tão estranho tempo da mortífera pandemia, detenho-me a registar alguns factos nada animadores.
Não se pretende exibir, em linguagem elaborada, um simplório texto de uma qualquer conotação semântica, mas antes trazer para a ribalta, factos que suponho mais salientes da actualidade.
Com alguma surpresa e até estupfacto, ouço notícias nada animadoras, cujo
tema foca as consequências dramáticas do enigmático Covid-19.
Em quarentena, calamidade e confinamento desde Março/2020, tem-se notado ultimamente uma acalmia nas infecções, em Portugal.
As autoridades, tendo isso em linha de conta, bem como a reposição da economia, do mercado de trabalho, do catastrófico desemprego ( fatal e previsível ), do tombo no turismo, do equilíbrio financeiro, anuncia e promove acções dinamizadoras para relançar a tão debilitada economia.
Outras esporádicas notícias ( por vezes contraditórias), desviam a atenção
para factos tão tristes quanto estranhos: queda de avião no oriente, despistes e mortes na estrada, incêndios, mortes e torturas de crianças indefesas,que até parece serem  “ trazidos “ também pelo incógnito vírus.
Anuncia-se o desconfinamento e abertura das praias em junho /2020, a
lotação total dos aviões, abertura de fronteiras, “injecções “ na área do turismo, dinheiro do estado (???) em Banco privado, enfim factos para que o ZÈ POVINHO se vá distraindo. . . ou que a burguesia vá afirmando que “vai ficar tudo bem “ e voltar “à normalidade”. É de supor que parece desejar-se o regresso ao anterior poder vaidoso e arrogante, sob o doce disfarce de traços  angelicais e sedutores.

25.05.2020
“elmano”


Diário de um tempo estranho (21/05/2020)


O efeito surpresa parece ter sido fundamental para que o vírus covid-19 tenha tido os lúgubres resultados avassaladores e que continua a ter.
Constata-se, com efeito, que o citado vírus continua a proliferar, a transpor oceanos causando, além de terríficos milhares de mortos, muitos mais milhares de infectados, ocasionando sempre consequências trágicas nas economias dos países e danos sociais enormes, grande parte dos quais, ou irrecuperáveis, ou muitíssimo difíceis de colmatar.
Vai para 3 meses que esta malfadada pandemia introduziu, de chofre, uma nova linguagem, com termos nada habituais.
Como é fácil de adivinhar, não é minha intenção tornar banal, nem monopolizar a, de certo modo verborreia intensiva dos media, com números e mais números, em busca de audiências, ou, pior, como se, com frieza admirável, estivessem a anunciar os campeões de provas desportivas.
Já vão recentemente, com alguma surpresa verifico, abordando as tristes consequências causadas pelo vírus destruidor, no campo económico, social, financeiro e até familiar.
Vai havendo tentatívas de lenta recuperação de áreas laborais, do comércio, indústria, turismo, lazer, enfim, da sobrevivência dos cidadãos, pois, sabe-se pelos media, que já se luta com problemas de fome.
Toda uma imensa cadeia de questões graves que têm pelo menos duas inquestionáveis dicotomias : Vida / morte.
Nestas longas vigílias nocturnas, dou por mim a enunciar: emergência, calamidade, confinamento, mitigação, vírus, enfermeiros e médicos infectados, enfim, o que a pandemia veio trazer. 
Estranho que alguém vá supor que se volta à ”  normalidade “.
Sem solidariedade e não só ?
 21.05.2020
“elmano”

Diário de um tempo estranho (21/05/2020)


A brisa forte da Primavera
traz notícias da nova guerra.
Na sua peugada, incógnito vírus.
Em silêncio, altera a vida na terra.
Tormentosa cruz.
Mata. Infecta, procria.
Pandemia !

Sem armas mortíferas,
sem mísseis, obuses, táticas militares;
Sem oficiais generais
e outros que tais,
parece segregar batalhas infrutíferas.

Que caos também provoca. . .
Teima em perdurar:
Guerra, ódio, terror
destruição, desamor.

Sem um tiro, sem armas visíveis,
Nossas vidas invade até à morte.
Surpresa ! remédios possíveis ?
Na dúvida, joga na sorte.

Esperança, dias promissores !
Advento de bela madrugada,
Com níveas mãos de fada 
Vai reportar nossos amores. . .

21.05.2020
“ elmano “



segunda-feira, 18 de maio de 2020

Diário de um tempo estranho (10/05/2020)


Numa nova Primavera

Daqui por muitos anos
E de novo numa Primavera viva
Diremos que o ano 2020
Ficou suspenso na pandemia
E que ficou o Mundo
Suspenso no ano
E as pessoas suspensas no Mundo
E quando saíram
nem ficaram cegas
nem choraram a lua
apenas sorriram de cara para o sol.

                           Isabel Melo
                          10/05/2020


Diário de um tempo estranho (03/05/2020)


MINHA MÃE, DESTES TEMPOS

Que tempos estes tão indecifráveis
Querida Mãe
Tempos de incerteza e incredulidade
Quem diria que dois meses intermináveis
Não são um tempo, são uma eternidade.

O teu amor ultrapassa-te
Queres mostrar que é bom estares só,
Com receio da nossa preocupação
E afim de não inspirares dó,
Isso és tu e o teu amor tão só.

Essa é a tua grandeza
Mostrar que tens toda a precaução
No teu regaço de mãe, todo o amor
Essa é a tua, a nossa única certeza.

Ambas temos esperança
Mas ambas temos receio
Não por mim, mas por ti
E tu não por ti, mas por mim,
Dizemos ser passageiro
Ambas fingimos que somos fortes.

Que tempos são estes, Mãe
Em que tenho medo de ter receio de te abraçar,
Se um abraço é o mais simples de tudo,
De tudo em que queremos ficar.

Mas é bom saberes, Mãe
Que tens muitos filhos e netos anónimos
Que se preocupam com os mais velhos,
Nossas raízes que não podem paralisar
 principalmente em tempo de pandemia
Nossos alicerces são os únicos e todos
Que não podemos deixar fragilizar.

Acima de tudo, querida Mãe
Nestes tempos breves de amor perene
É também para a Virgem Mãe,
A nossa fé e esperança em forma de prece!

                                        3/05/2020
                                        Isabel Melo





Diário de um tempo estranho (05/05/2020)


O sonho alinhavado de projecto.
Muita revolta ! Só sobrevivência . . .
São assim as fortunas do  sem tecto .
Do sem abrigo a constante vivência.

Confuso, espera que vá piorar. . .
Vírus Covid -19. Má sorte !
O seu grupo onde é que irá parar ? !
Vai existindo, sem regras, sem porte. . .

A navegar na fome e na miséria,
Na desordem, avanços, arrecuas.
Ajuda oficial, zero. Mas que léria ! ?

Apático, só, doente, nas ruas,
Às sobras sociais, com e sem prazo;
  “ águas torvas “. ao acaso.


 05 de Maio de 2020
  (elmano)


·  Esta Pandemia atinge também os “ sem abrigo ”.
   de quem  pouco se fala.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Diário de um tempo estranho (14/05/2020)


Após raro e salutar descanso nocturno, com o espírito bem menos atribulado,   ocorreu-me extravasar para o papel  uma reduzida quantidade da panóplia absurda  de excentricidades que vão toldando este nosso tão conturbado tempo.
        Lento acordar , chuva intensa, manhã plumbea.
        Estações de rádio e Tvs. “ esmagam “  com todo um corolário de tragédias que teimam em continuar a perturbar psicologicamente, induzindo um medo apocalíptico.
         É a crise económica instalada que afecta tudo e todos, é o fantasma do desemprego, é a falta de conhecimento de como tratar com eficácia os infectados pelo Covid-19 , por parte de profissionais da saúde, que não obstante a sua denotada entrega, na 1ª linha de tratamentos, tiveram contra eles : a falta de equipamentos, o efeito surpresa do perigoso vírus.
          O natural desconhecimento do mesmo.
          As esforçadas tentativas efectuadas a nível hospitalar, político e científico;
          As diversas acções tomadas pelas autoridades, a diversos níveis de poder;
          Todos os cooperantes em limpezas, organização de espaços de utilização    pública;
          As decisões e pesquisas a nível de saúde e científico,
           A traumática “ escolha “, em alguns países, entre quem segue para tratamento em cuidados intensivos, e quem não tem lugar e tem que falecer;
           Decisões de chefes políticos que não querem “ travar “o vírus;
           Enfim, as lentas e cautelosas tentativas para relançar a economia e assegurar o emprego, dada a catástrofe financeira que abala áreas fundamentais de produção e consequente facturação em todas as chamadas grandes e pequenas empresas.
           Tudo isto pesa nas enormes preocupações do povo português.
           
           Terrificamente, acresce a toda esta catástrofe, o hediondo e macabro assassinato e violências contra a identificada e indefesa Valentina, - criancinha - da zona de Peniche, por parte, como sabemos de um adulto odiento e bárbaro. Indivíduo masculino .  ( tudo isto em 07 / 08 de maio / 2020.
           
            Ocorre-me um emocionado desabafo:
            Que bárbaro !
             Já nem com alguma família as crianças estão bem . .

  14.05.2020.
  ( “elmano” )

Diário de um tempo estranho (10/05/2020)

                                                                                                                                    
EM TARDE DE CONFINAMENTO

Já não beijo nem abraço,
E sinto certo embaraço,
Quando alguém me vem falar.
E eu penso, como é que faço,
Como desato este laço,
Como vou cumprimentar.

Não sei até quando dura,
Esta espécie de censura,
Em que me tapam a boca.
O certo é que se perdura,
Esta vida de loucura,
Decerto vou ficar louca!

Mas como sou educada,
Não querendo ser malcriada,
Tenho que arranjar maneira,
Sem tocar, sem dizer nada,
Desejar boa jornada,
A quem passa à minha beira.

Não basta dizer “Olá
Como vai, como é que está?”
Porque a voz sai abafada,
É gritar ao Deus dará,
Porque do lado de lá,
Decerto não se ouve nada,

Mesmo que me queira rir,
Piscar o olho, sorrir,
O sorriso não existe,
Ninguém me vai ver mentir,
Que às vezes estou a fingir,
Que estou a rir,
Estando triste.

Não sei bem se isto me ajuda,
Cumprimentar como Buda,
Juntando as mãos  num “Namaste”,
Pode ser, Que Deus me acuda,
Alguém dizer “Oh miúda,
O que foi que me chamaste?”


Também tentei várias vezes,
Ir imitando os chineses,
Só fazendo um mesura,
Mas isto de chinesices,
Só tem trazido chatices,
Algumas não tendo cura.

Fazer como antigamente,
Curvar-me elegantemente,
Em vénia palaciana.
Não resulta certamente,
Vão pensar que estou demente
Ou é alguém que os engana.

Bem sei que uma continência,
Seguida de reverência,
Ao bom estilo militar,
É cumprimento de excelência,
Mas precisa eficiência,
Não os consigo imitar.

Muito fiz, muito ensaiei,
No assunto trabalhei,
P’ra arranjar a solução.
Acho que enfim encontrei,
Um modelo que eu achei,
Ideal para a saudação.

Pesei os prós, os porquês,
E creio que desta vez,
Vou seguir um bom caminho!
Faço o que Bordalo fez,
Num gesto bem português,
Imitando o “ZÉ POVINHO”.


                    Set.10.05.2020                                                                                  Maria Luisa

segunda-feira, 11 de maio de 2020

Diário de um tempo estranho (10/05/2020)


Seu berço é a Natureza ? !
Proveta de laboratório ? !
Prolifera e surpreende:
Travesso, qual duende.
Fértil, voraz, caótico,
Inimigo silencioso,
Inflexível, despótico,
Quer mais e mais no forno crematório. . .
Quantos mortos sem velório!

Depressivo, acarreta o desespero,
Até ao exagero.
Lá vem a fome, o desemprego,
O Lay off, as esperadas  falências,
Do patrão as prepotências . . .
A falta de sossego .

Ignominioso agente do terror,
Covid-19 pandémico,
Prepotente. ditador ,
Teima em ser sistémico.
Fica o Caos, a crise económica
derrocada financeira.
Voracidade fágica !
Anagnórise trágica !

Rádios e Tvs, que obsessivo serviço.
Repetição negra, exaustiva
Nova realidade, novo vocabulário
“ lenga lenga ”, que corolário
( sem comentário ):
Lares e hospitais com infetados,
Máscaras, pandemia,contágio
quarentena, calamidade, crise sanitária,
Crise humanitária !

A Natureza vai ser a Fénix renascida:
Das próprias cinzas renasce a Vida.
Com serenidade,
Nova realidade . . .

10.05.2020
“elmano”


Diário de um tempo estranho (08/05/2020)


                DISFARÇADOS
       
     
         “O esforço para unir a sabedoria e o poder raramente dá certo e somente por tempo muito curto”
           Albert Einstein 


  O primeiro disfarce (artifício) refere-se ao não acatamento da regra para se escrever em Times New Roman 12.
   Refiro isto pelo facto de me terem obrigado a compor em tal estilo, do qual não gosto, pedindo-me até a utilização de apenas um espaço entre as palavras, o que cumpri.
   Qual não foi o meu espanto por verificar que um, dois, três … escreventes não cumpriram a regra e o seu disfarce foi aceite.
   Tudo bem, por mim admito o disfarce, sem qualquer rebuço … há uns mais iguais do que outros.
   O segundo disfarce tem a ver com as máscaras, supostamente sanitárias, que o poder instituído me obriga a usar sistematicamente, mesmo que não esteja de acordo, ao arrepio de tudo o que considero razoável, eficaz e até ferido de inconstitucionalidade.
   Porém, sou “ bem comportado” e acérrimo cumpridor da “lei”, por mais dura e iníqua que se me afigure. Logo, uso a máscara nos locais que “eles” determinaram.
   Vejam lá se algum dia “o povo pode querer um mundo novo a sério”, palavras sábias do imortal António Aleixo…           

   Luis Pinho
   08/05/2020          

A Casa Convida - 20 de janeiro