sexta-feira, 15 de maio de 2020

Diário de um tempo estranho (14/05/2020)


Após raro e salutar descanso nocturno, com o espírito bem menos atribulado,   ocorreu-me extravasar para o papel  uma reduzida quantidade da panóplia absurda  de excentricidades que vão toldando este nosso tão conturbado tempo.
        Lento acordar , chuva intensa, manhã plumbea.
        Estações de rádio e Tvs. “ esmagam “  com todo um corolário de tragédias que teimam em continuar a perturbar psicologicamente, induzindo um medo apocalíptico.
         É a crise económica instalada que afecta tudo e todos, é o fantasma do desemprego, é a falta de conhecimento de como tratar com eficácia os infectados pelo Covid-19 , por parte de profissionais da saúde, que não obstante a sua denotada entrega, na 1ª linha de tratamentos, tiveram contra eles : a falta de equipamentos, o efeito surpresa do perigoso vírus.
          O natural desconhecimento do mesmo.
          As esforçadas tentativas efectuadas a nível hospitalar, político e científico;
          As diversas acções tomadas pelas autoridades, a diversos níveis de poder;
          Todos os cooperantes em limpezas, organização de espaços de utilização    pública;
          As decisões e pesquisas a nível de saúde e científico,
           A traumática “ escolha “, em alguns países, entre quem segue para tratamento em cuidados intensivos, e quem não tem lugar e tem que falecer;
           Decisões de chefes políticos que não querem “ travar “o vírus;
           Enfim, as lentas e cautelosas tentativas para relançar a economia e assegurar o emprego, dada a catástrofe financeira que abala áreas fundamentais de produção e consequente facturação em todas as chamadas grandes e pequenas empresas.
           Tudo isto pesa nas enormes preocupações do povo português.
           
           Terrificamente, acresce a toda esta catástrofe, o hediondo e macabro assassinato e violências contra a identificada e indefesa Valentina, - criancinha - da zona de Peniche, por parte, como sabemos de um adulto odiento e bárbaro. Indivíduo masculino .  ( tudo isto em 07 / 08 de maio / 2020.
           
            Ocorre-me um emocionado desabafo:
            Que bárbaro !
             Já nem com alguma família as crianças estão bem . .

  14.05.2020.
  ( “elmano” )

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