quarta-feira, 6 de maio de 2020

Diário de um tempo estranho (05/05/2020)



Sigiloso, sem chus nem bus,
Noite velha, hora  de silêncio,
Disfarçado, secreto,
Serpenteando lentamente
sem rumo certo, em serviço de truz
cirúrgico, concreto,
Firme, a caminho do Ocidente.

Escalada a grande muralha,
O afinal vírus malígno,
Ruma à velha Rota da Seda.
Infiltrado, disfarçado, indigno,
Em segurança, livra-se da metralha
Provoca estado caótico
Ambiente social narcótico.

Sem fronteiras, sem controlo, inflexível,
Ataca tudo e todos com a morte.
Anula a raíz da vida, a economia
com uma pandemia.
No turismo, total corte;
Convívio social, sofrível.

Ele, o tratante, paulatino, virulento,
Espalhado o veneno bolorento,
Na  espreguiçadeira, à beira-mar
A ver a desgraça proliferar . . .

05.05.2020
“elmano”
 


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