P r e c e
Num ermo de recôndita
singeleza;
Cômoro agreste e discreto,
misterioso silêncio reinante,
de só límpida natureza.
Lá te fui encontrar, lírico,
olhar vago sobre o atlântico,
da Arrábida eterno amante.
Trazidos p'la brisa marítima
chegaram-me um tanto
distorcidos,
sumidos tons sibilinos,
de tua causa íntima,
nestes belos arredores sadinos.
Encontrei-te agasalhado
no diáfano manto da tua utopia,
De ti próprio isolado,
no mundo da fantasia,
em busca do santo graal
ou da pedra filosofal . . .
Olhar absorto, inquieto,
nevoento,vogava nas serenas,
nas azuis águas sadinas,
numa tua surda prece ,
da Arrábida cantor;
com desvelo, com amor:
Que ela te pudesse dar
nova vida salutar. . .
Algo que não fenece,
Para tu, Sebastião da Gama,
atingires o Nirvana . . .
Que luta insana !
Bxª
de Palmela, 17.03.2020
“
elmano “
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