domingo, 3 de maio de 2020

Diário de um tempo estranho (27/04/2020)


TEMPO PRESENTE


Vivemos hoje, alegadamente, em “prisão domiciliária”, face aos condicionamentos impostos por quem manda (“quem manda pode”), ainda que sem pulseira electrónica, porém sob vigilância autoritarista à prova de qualquer negação.
Os idosos (sou um deles–80anos) são discriminados (segregados), com todo o “empenho,” pelos mandados locais, agora promovidos a “cabos de esquadra”, mesmo que eles (idosos) demonstrem possuir boa saúde.
Tudo isto por mor de mirífica pandemia, longe de ser demonstrada de ciência certa (não há ciências exactas …).
O pânico está instalado com toda a veemência, os “cabos” reinam em perfeito arbítrio.
“Você” não pode sair do concelho de residência (ex: Em Lisboa não pode ir a Sacavém, Algés, Cacilhas, etc, etc, etc, sendo assim por todo o país). Onde habita o senso comum?    
Recordo com imensa alegria e responsável consciência, o indelével tempo do antes da moderna quarentena desumana e forçada, que tantos estorvos nos produz.
Os mandantes de todo o mundo têm por obrigação (modesto parecer de idoso resistente-assim creio), garantir a continuidade dos serviços nacionais de saúde em condições moralizadoras, já que excelentes é difícil.
A actuação de reis, de presidentes, enfim dos que têm o poder de decidir, será pedra de toque no concernente à preservação da “justiça para todos“ (não só para alguns …).
Usem de mestria, por favor, não necessitam de coragem …! 
A propósito, permito–me citar o notável, eminente e respeitável Aristóteles:
“O REI QUE POSSUI A JUSTIÇA NÃO PRECISA DE CORAGEM”
       
Luís Pinho  27/04/2020

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