terça-feira, 26 de agosto de 2014

As nossas Férias



Exercitemos com tolerância a nossa paciência.
Será beneficência e insistência de vontades
Será clemencia e apelo a todas as idades
Será o elo e o conforto em prol das humanidades
Será o equilíbrio e a capacidade de suportar incómodos
Será a tranquilidade sem perturbações em quase todos
Será a mudança de ventos e a estabilidade emocional
Será o fim de guerras sem controlo racional
Será o objectivo assumido em pensamentos altruístas
e serão todas as pequenas conquistas...
A bandeira branca e um estandarte,
a cor neutra apelando à paz em toda a parte,
o desejo e o motivo sagaz, a calma praticada e tentada
em férias, afastando as bactérias minúsculas do stress,
os lixos tóxicos de comparações desajustadas,
num plano pessoal heroico isento de ira e desconfiança,
onde a esperança será a alavanca num mundo de amor
de mãos dadas com a tolerância, enamorada da paciência.
Férias assim... descontraídas a recuperar energias,
eu quero para mim todos os dias.
Basta pôr o coração a praticar sem pressas
e este mundo deixará de andar às avessas.

Anna Netto,  Paciência em férias, em 22-08-2014.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Boas Férias!





A sombra azul da tarde nos confrange.
Baixa, severa, a luz crepuscular.
Um sino toca, e não saber quem tange
é como se este som nascesse do ar.

Música breve, noite longa. O alfange
que sono e sonho ceifa devagar
mal se desenha, fino, ante a falange
das nuvens esquecidas de passar.
                      (...)

Carlos Drumond de Andrade, in Claro Enigma

A Casa Convida - 20 de janeiro