quarta-feira, 27 de maio de 2020

Diário de um tempo estranho (25/05/2020)


Amanhecer soalheiro com promessa de temperatura a subir.
Constrangido ao obrigatório confinamento, neste tão estranho tempo da mortífera pandemia, detenho-me a registar alguns factos nada animadores.
Não se pretende exibir, em linguagem elaborada, um simplório texto de uma qualquer conotação semântica, mas antes trazer para a ribalta, factos que suponho mais salientes da actualidade.
Com alguma surpresa e até estupfacto, ouço notícias nada animadoras, cujo
tema foca as consequências dramáticas do enigmático Covid-19.
Em quarentena, calamidade e confinamento desde Março/2020, tem-se notado ultimamente uma acalmia nas infecções, em Portugal.
As autoridades, tendo isso em linha de conta, bem como a reposição da economia, do mercado de trabalho, do catastrófico desemprego ( fatal e previsível ), do tombo no turismo, do equilíbrio financeiro, anuncia e promove acções dinamizadoras para relançar a tão debilitada economia.
Outras esporádicas notícias ( por vezes contraditórias), desviam a atenção
para factos tão tristes quanto estranhos: queda de avião no oriente, despistes e mortes na estrada, incêndios, mortes e torturas de crianças indefesas,que até parece serem  “ trazidos “ também pelo incógnito vírus.
Anuncia-se o desconfinamento e abertura das praias em junho /2020, a
lotação total dos aviões, abertura de fronteiras, “injecções “ na área do turismo, dinheiro do estado (???) em Banco privado, enfim factos para que o ZÈ POVINHO se vá distraindo. . . ou que a burguesia vá afirmando que “vai ficar tudo bem “ e voltar “à normalidade”. É de supor que parece desejar-se o regresso ao anterior poder vaidoso e arrogante, sob o doce disfarce de traços  angelicais e sedutores.

25.05.2020
“elmano”


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