domingo, 21 de junho de 2020

Diário de um tempo estranho ( 10/06/2020)


              Confinado à premissa incontestável, de que estas reflexões se orientem exclusivamente no sentido do vírus infeccioso e pandémico, decidi “ abrir “ um pouco os horizontes a uma curta e cautelosa digressão à  minha tão querida, romântica e bucólica Serra da Arrábida, com o objectivo de explanar a minha imaginação, e, de modo concomitante, obter ar livre, alegria e felicidade.
               Para o efeito pretendido, configurou se-me adequado não estar a Arrábida sob o signo do intelectualismo ético de pseudo - intelectuais.
               Com efeito, é deprimente ter que dirigir todos os pensamentos e reflexões num único sentido, muito embora sejam ou possam eventualmente ser pródigos e/ou alternativos; ainda que ( no caso presente ), sob o embaraço de vírus pandémico.
                 Quão belo e sonhador este tão conhecido e visitado cenário indescritível: mar e mais mar (azul esverdeado) quase sem fim, a baía tão maravilhosa; Tróia e seus encantos; praias, o manto verde com que se veste, enfim, refúgio privilegiado de Sebastião da Gama e Frei Agostinho.
                   Para o final do dia, a cereja sobre o bolo : o nosso sempre inesquecível, belo e sonhador contraste do Pôr do Sol sobre o mar . . .
                    Mais tarde, o recolher a casa, onde mais uma vez me aguardavam : a lamurienta, a desgastante e entediante  praga pandémica, sem qualquer hipótese de pensamentos alternativos e exequíveis, a permitir, mesmo ao de leve, uma curta pausa à tóxica  desinformação massiva dos media, no respeitante à grave situação  em curso e em vias de proliferação.
                     Constata-se, pelos factos, que cada vez mais se pretende regredir à “normalidade”.
                      Questão : o que é, nesse caso, a normalidade ?
                       Vou ter que aguardar pacientemente uma possível alternativa . . .
10.06.2020
“elmano”


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