CONFINAMENTO VERDE
I
Decorrem calmos os dias
Não sem algumas canseiras
Mas são mais as alegrias
Que colho das sementeiras.
II
Planeei um batatal
Que não levei a efeito
Substitui-o por um faval
Que deu favas a preceito.
III
As nabiças, que sensação
Cresceram verdes, viçosas.
Nas belas sopas de feijão
Ficam mesmo deliciosas.
IV
As cebolas estão a crescer
E vêm muito animadas
É certo que vou comer
Umas belas ceboladas.
V
Mesmo ao lado o belo alho
Está quase pronto a colher
É o que dá menos trabalho
Planta-se e é vê-lo crescer.
VI
A fresca alface, coisa sã
O rico espinafre ferroso
Coentros, salsa, hortelã
Que tornam tudo apetitoso.
VII
As abóboras e as corgetes
São um regalo de ver
Talvez não colha “paletes”
Mas vão produzir a valer.
VIII
Nos dois últimos canteiros
Artísticos e bem verdinhos
Vêem-se os belos tomateiros
Já com os seus tomatinhos.
IX
A mãe Natureza é grata
Nunca deixa de agradecer
À mão que bem a trata
E a sabe compreender.
ARNALDO RUAZ
16/05/2020