. Em tempo de vírus, a minha
mãe
No topo da mesa era o teu lugar,
antes era um qualquer porque podias.
Hoje aqui estou sem a tua companhia,
apenas o olhar sereno a divagar.
Houve tempos em que te podias sentar
e a conversa nesta mesa acontecia,
sem pressas entregados a esse vagar
de quem se sentia bem no que dizia.
O lugar, a conversa e o vagar dos dias,
cada palavra sem receio a estar presente,
quem me dera ser quando podias.
O lugar deserto na mesa é que se sente
aquele que só de olhar era alegria
e hoje me dói fundo por estares ausente.
Santa Eulália, 02 de abril de 2020
José – António
Chocolate
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