Difícil, difícil, é entendê-la (…); o que não há em toda a parte é a religiosidade que dá à Serra da Arrábida elevação e sentido. Sabe-se lá se o alor místico lhe vem da origem, se lho deixaram – inefável herança! – os franciscanos do seu Convento?…(…)
Quando, de rosado, começa a arroxear-se o horizonte, a Serra é um vulto de sombra parado a meio do silêncio.(…)
Se a Lua surgir, o mato começa a desenhar no chão arabescos que já sabemos ler;
(…) somos a grande porta que se fecha sobre a Serra para a Serra dormir, pela noite longa e azulada de Estrelas, na sua meditação que já dura séculos. (…)”
GAMA, Sebastião da, in O Segredo é Amar
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