quinta-feira, 3 de julho de 2014

Sophia de Mello Breyner Andresen

Quando se completam dez anos sobre a sua morte, SOPHIA é muito justamente acolhida, com todas as honras, no Panteão Nacional.

MAR

De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua,
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.

Cheiro a terra as árvores e o vento
Que a Primavera enche de perfumes
Mas neles só quero e só procuro
A selvagem exalação das ondas
Subindo para os astros como um grito puro.

                                 Sophia de Mello Breyner Andresen, in Poesia (1944)

Sem comentários:

Enviar um comentário

A Casa Convida