terça-feira, 29 de julho de 2014

Arrábida, a bela musa!



Arrábida majestosa
Foi a musa gloriosa
Do nosso Poeta Gama.
Nela viveu deslumbrado
E lhe chamou Serra-Mãe.
Enamorado fiel
Lá viveu feliz noivado
E a elegeu para sua lua de mel.

Ventos da serra gemendo
Nascentes cantando
Auroras rosadas
Poentes dourados
Nos falam de si
E lá em baixo
O mar azul murmurando
Nos estão lembrando
Que continua vivo ali
Sebastião da Gama.
Tudo nos diz que foi ali
Que foi feliz, feliz, feliz.

                                Maria Sol, in Janelas da Alma,2 010





domingo, 27 de julho de 2014

ExpoArte, harmonia na diversidade

O Expression Gallery Project, sob dinamização do escritor Fernando Alagoa, 
tem patente no Hotel Bonfim, em Setúbal, uma Exposição de Pintura e Escultura
 de Artistas nacionais que, pelo nível das obras expostas, nos merecem o maior apreço.
Oportunidade de visita e admiração a não perder!

A Casa da Poesia de Setúbal, a convite do organizador do evento,
esteve presente na inauguração da Exposição e, com muito prazer,
associou a Poesia a tão excelentes expressões de Arte.



















sábado, 19 de julho de 2014

Segredos da Serra...




                                                           Místico convento,
                                                           de paredes cor-de-linho
                                                           onde à noite
                                                           a voz do mar
                                                           diz ao vento
                                                           que se acalme
                                                           e sopre de mansinho...

                                                           É hora de oração
                                                           de Frei Agostinho.


                                            Alexandrina Pereira
                                                                     in Arrábida meu amor, meu poema


quinta-feira, 17 de julho de 2014

Tema - A Serra

” O mais difícil não é ir à Arrábida (…)
Difícil, difícil, é entendê-la (…); o que não há em toda a parte é a religiosidade que dá à Serra da Arrábida elevação e sentido. Sabe-se lá se o alor místico lhe vem da origem, se lho deixaram – inefável herança! – os franciscanos do seu Convento?…(…)
Quando, de rosado, começa a arroxear-se o horizonte, a Serra é um vulto de sombra parado a meio do silêncio.(…)

Se a Lua surgir, o mato começa a desenhar no chão arabescos que já sabemos ler;

(…) somos a grande porta que se fecha sobre a Serra para a Serra dormir, pela noite longa e azulada de Estrelas, na sua meditação que já dura séculos. (…)”

GAMA, Sebastião da, in O Segredo é Amar

terça-feira, 15 de julho de 2014

Tema - O Rio

Todos os dias
a vida começa
e nos abraça
num abraço longo
e profundo,
num abraço 
gostoso
com o mundo,
num dia
cheio de sol
e de sonhos contidos
em cada ser,
dentro
de cada um de nós
como voz
silenciosa
e atenta.
Olho o rio
pareço caminhar
na serenidade
das suas águas,
sinto um arrepio
de paz e felicidade,
onde o eu
explode humanidade
onde o amor
pode ser divindade e 
as palavras azuis
a cor do pincel do pintor
que carregou no tom
e adivinha o som
do céu...no paraíso celeste
onde o Deus
cuida de ti... e sabe o que Lhe deste.
Ao entardecer...
são ainda
as gaivotas
e os golfinhos
em cambalhotas de magia
à volta de barcos
navegáveis
que deixam sossegar
um coração inquieto.

Anna Netto
Olho o rio...
2013-05-20

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Sado, o belo espelho azul!



       

Sophia de Mello Breyner Andresen

Quando se completam dez anos sobre a sua morte, SOPHIA é muito justamente acolhida, com todas as honras, no Panteão Nacional.

MAR

De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua,
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.

Cheiro a terra as árvores e o vento
Que a Primavera enche de perfumes
Mas neles só quero e só procuro
A selvagem exalação das ondas
Subindo para os astros como um grito puro.

                                 Sophia de Mello Breyner Andresen, in Poesia (1944)

A Casa Convida