sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Os nossos dias

Tu querias que os nossos dias fossem fogosos,
danadinhos de gostosos no seu caminhar.
Ah, tu querias sensações de prazer... de bem estar...
e talvez... uma menina atraente generosa, elegante
e bem cheirosa,alegre, clara e segura,
determinada,persistente, confiante e pura.
Até um pouco atrevida, comprometida com o amor fiel,
a contrapor à acalmia carente da tua atitude fria
de desinteresse aparente, pela tua apatia em desnudares-te,
impores a nu a alma inquieta, em deixar transparecer
o calor do Ser protegendo emoções fortes, verdadeiras,
caprichosas nas maneiras e percepção e interpretação
de atitudes e vivências. Cópias e consequências
do que aprendemos com o mundo ao nosso redor.
Mas quentes podem vir a ser os nossos dias de amor!
Entremos no nosso jardim florido que não pode ter sinal proibido
E será a alavanca do desabrochar de sentimentos,
do crescer de oportunidades e do afinar contrariedades.
Não podes receber sem dar, não consegues vencer sem arriscar,
sem expor tudo ou quase tudo à boa ou à má fortuna.
Omissão é lacuna e concha fechada a sonhos de felicidade.
Sujeita o amor à descoberta do teu mundo interior.
Há que sair dessa redoma, quebrar o vidro desse muro que criaste,
Há que acreditar na pomba branca e conquistar
os amores que já amaste e ainda virás a amar!
Abre essa porta! Perde o medo em segredo!
Os nossos dias podem ser passados a combater
as nossas próprias inseguranças e nostalgias,
mas serão decerto as nossas melhores alegrias!

Anna Netto (Setubal)

Sem comentários:

Enviar um comentário

A Casa Convida - 20 de janeiro