sábado, 28 de junho de 2014
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Citação poética
" Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar,
vale a pena ter nascido "
vale a pena ter nascido "
(Fernando Pessoa)
terça-feira, 24 de junho de 2014
Poema - Sombras
Sombras
A meio desta vida continua a ser
difícil, tão difícil
atravessar o medo, olhar de frente
a cegueira dos rostos debitando
palavras destinadas a morrer
no lume impaciente de outras bocas
anunciando o mel ou o vinho ou
o fel.
Calmamente sentado num sofá,
começas a entender, de vez em quando,
os condenados a prisão perpétua
entre as quatro paredes do espírito
e um esquife negro onde vão desfilando
imagens, só imagens
de canal em canal, sintonizadas
com toda a angústia e estupidez do mundo.
As pessoas - tu sabes - as pessoas são feitas
de vento
e deixam-se arrastar pela mais bela
respiração das sombras,
pela morte que repete os mesmos gestos
quando o crepúsculo fica a sós connosco
e a noite se redime com uma estrela
a prometer salvar-nos.
A meio desta vida os versos abrem
paisagens virtuais onde se perdem
as intenções que alguma vez tivemos,
o recorte obscuro de perfis
desenhados a fogo há muitos anos
numa alma forrada de espelhos
mas sempre tão vazia, sem abrigo
para corpo nenhum.
Fernando Pinto do Amaral, in 'Pena Suspensa'
difícil, tão difícil
atravessar o medo, olhar de frente
a cegueira dos rostos debitando
palavras destinadas a morrer
no lume impaciente de outras bocas
anunciando o mel ou o vinho ou
o fel.
Calmamente sentado num sofá,
começas a entender, de vez em quando,
os condenados a prisão perpétua
entre as quatro paredes do espírito
e um esquife negro onde vão desfilando
imagens, só imagens
de canal em canal, sintonizadas
com toda a angústia e estupidez do mundo.
As pessoas - tu sabes - as pessoas são feitas
de vento
e deixam-se arrastar pela mais bela
respiração das sombras,
pela morte que repete os mesmos gestos
quando o crepúsculo fica a sós connosco
e a noite se redime com uma estrela
a prometer salvar-nos.
A meio desta vida os versos abrem
paisagens virtuais onde se perdem
as intenções que alguma vez tivemos,
o recorte obscuro de perfis
desenhados a fogo há muitos anos
numa alma forrada de espelhos
mas sempre tão vazia, sem abrigo
para corpo nenhum.
Fernando Pinto do Amaral, in 'Pena Suspensa'
segunda-feira, 23 de junho de 2014
Tempo da travessia
Este é o tempo da travessia no alvorecer de um novo projeto.
A Associação Casa da Poesia de Setúbal conta agora com um Blog e página no Facebook, assim se pretendem descobrir novos caminhos que nos levem a outros lugares, novos autores, novas formas de dizer poesia. A palavra, o reencontro, a chama de cada poema aquecendo o pensar ao redor dos livros, dos autores e da poesia.
A Associação Casa da Poesia de Setúbal conta agora com um Blog e página no Facebook, assim se pretendem descobrir novos caminhos que nos levem a outros lugares, novos autores, novas formas de dizer poesia. A palavra, o reencontro, a chama de cada poema aquecendo o pensar ao redor dos livros, dos autores e da poesia.
Prof. Fernando Paulino
Somos Silêncios Habitados Por Dentro
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia; e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado para sempre, à margem de nós mesmos."
(Fernando Pessoa)
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Assim nascem os sonhos!
Um sonho pequeno
Foi germinando na mente
De dois ou três,
Abriram-se alicerces, ergueram-se paredes
Com tijolos passados de boca em boca.
O sonho cimentado deu-lhe forma.
Pela sua chaminé brotam idéias,
Traçam-se riscos e rabiscos
Projectos e certezas.
A Casa da Poesia, menina de tenra idade
Tem pernas e começa a dar os primeiros passos
Sua porta é feita de letras
E de palavras coloridas é feito o seu interior
Sua fachada é bordada de poemas.
Olhamos...e ei-la! Aberta de par em par
E convida-nos a entrar.
A cidade está de parabéns.
Os poetas também.
Porque o sonho de dois ou três
Já é uma realidade!
06-06-2014
Deo.
Foi germinando na mente
De dois ou três,
Abriram-se alicerces, ergueram-se paredes
Com tijolos passados de boca em boca.
O sonho cimentado deu-lhe forma.
Pela sua chaminé brotam idéias,
Traçam-se riscos e rabiscos
Projectos e certezas.
A Casa da Poesia, menina de tenra idade
Tem pernas e começa a dar os primeiros passos
Sua porta é feita de letras
E de palavras coloridas é feito o seu interior
Sua fachada é bordada de poemas.
Olhamos...e ei-la! Aberta de par em par
E convida-nos a entrar.
A cidade está de parabéns.
Os poetas também.
Porque o sonho de dois ou três
Já é uma realidade!
06-06-2014
Deo.
sábado, 14 de junho de 2014
Subscrever:
Mensagens (Atom)
-
No passado sábado, 18 de outubro, o Centro de Iniciativas Manuel Medeiros, da Uniseti, distinguiu a Poetisa Virgínia Costa, divulgando o ...
-
O sabor da tua boca e a cor da tua pele, pele, boca, fruta minha destes dias velozes, diz-me, sempre estiveram contigo por anos e v...
-
Apresentação by lindaneto