quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Diário de um tempo estranho ( 08/07/2020 )

 

 

                   DIÁRIO DE UM TEMPO ESTRANHO

 

           Como sendo um dos participantes neste projecto, retenho presente a recomendação expressa, de mencionar e registar que este  meu Memorandum diz respeito apenas à Pandemia do virus “ batizado “de Covid – 19.

          Assim, dispensando qualquer avaliação mais cuidada, verifica-se que o tão enfático   

( nas conferências de imprensa ),  e “atamancado” desconfinamento, ocorrido no início de Junho/2020, terá sido, como se vai verificando, menos ponderado, pouco ou nada programado, e decretado com com relevo e ostentação, mas ao que parece, sob coacção.

           Com efeito, os media não conseguem camuflar nem simular notícias dimanadas por entidades que deveriam ser escrupulosamente ciosas da verdade, e que, aqui ou ali vão escorregar na falsidade, e quantas vezes em censura. . .

            Desconfinamento sim, pois entende - se que a situação económica de Portugal,

o P I B, a indústria, o Turismo, micro e macro-empresas, o emprego, o Lay off, enfim, e toda a “máquina” capaz de gerar bens alimentares e garantia económico financeira, vai ficando um descalabro, tanto para patrões como para  empregados.

             Correcto, há que gerar riqueza, pois as notícias que se divulgam são alarmantes.

             Gritantes são já a fome, o desemprego, a instabilidade social, os males psiquiátricos, e tantos, tantos outros semelhantes, que atingem (como o vírus e a pandemia), patrões e empregados.

            Há uns rasgos benfazejos de solidariedade, boa vontade, cooperação.

            Porém, há aquele aforismo bem conhecido “ não dês um peixe; ensina a pescar “.

            O desconfinamento não acautelou: transportes, atendimentos ao público, reorganização e estabilidade hospitalar, praias, o êxtase das Festas dionisíacas, as organizadas orgias libidinosas. A indisciplina intrínseca das populações, lotação em excesso dos transportes públicos, abertura sem regras de fronteiras e lojas comerciais, etc, etc.

              Há que referir a sempre conflituosa intervenção policial nas citadas festas, e alegações de que algumas são autorizadas e outras proibidas. . .

             É que a 2ª vaga do vírus pandémico está aí. A morte, igualmente.

            O “ fogo”  mal apagado, reacendeu-se. . .

 

            08 Julho 2020

            “elmano “

A Casa Convida