DIÁRIO DE UM TEMPO ESTRANHO
Como sendo um dos participantes
neste projecto, retenho presente a recomendação expressa, de mencionar e
registar que este meu Memorandum diz respeito apenas à Pandemia do virus “ batizado “de Covid – 19.
Assim, dispensando qualquer avaliação
mais cuidada, verifica-se que o tão enfático
( nas
conferências de imprensa ), e
“atamancado” desconfinamento, ocorrido no início de Junho/2020, terá sido, como
se vai verificando, menos ponderado, pouco ou nada programado, e decretado com
com relevo e ostentação, mas ao que parece, sob coacção.
Com efeito, os media não conseguem
camuflar nem simular notícias dimanadas por entidades que deveriam ser
escrupulosamente ciosas da verdade, e que, aqui ou ali vão escorregar na
falsidade, e quantas vezes em censura. . .
Desconfinamento sim, pois entende -
se que a situação económica de Portugal,
o P I B, a
indústria, o Turismo, micro e macro-empresas, o emprego, o Lay off, enfim, e
toda a “máquina” capaz de gerar bens alimentares e garantia económico
financeira, vai ficando um descalabro, tanto para patrões como para empregados.
Correcto, há que gerar riqueza,
pois as notícias que se divulgam são alarmantes.
Gritantes são já a fome, o desemprego, a
instabilidade social, os males psiquiátricos, e tantos, tantos outros
semelhantes, que atingem (como o vírus e a pandemia), patrões e empregados.
Há uns rasgos benfazejos de
solidariedade, boa vontade, cooperação.
Porém, há aquele aforismo bem
conhecido “ não dês um peixe; ensina a pescar “.
O desconfinamento não acautelou:
transportes, atendimentos ao público, reorganização e estabilidade hospitalar,
praias, o êxtase das Festas dionisíacas, as organizadas orgias libidinosas. A indisciplina intrínseca das populações, lotação em excesso dos transportes
públicos, abertura sem regras de fronteiras e lojas comerciais, etc, etc.
Há que referir a sempre
conflituosa intervenção policial nas citadas festas, e alegações de que algumas
são autorizadas e outras proibidas. . .
É que a 2ª vaga do vírus pandémico
está aí. A morte, igualmente.
O “ fogo” mal apagado, reacendeu-se. . .
08 Julho 2020
“elmano “