Ele há pessoas
assim
mais do que previdente no fio forte
que o peixe há de suster.
Tão côncavo, a luz sobre ti próprio retendo
com o temor da mesma irradiar
e se tornar visível a quem te rodeia.
O pão amassas no bulício delicado,
meticuloso no ajuste do fermento,
a massa observando no seu levedar.
Este é o poeta que se esconde
no labirinto das palavras,
rasgando o poema inacabado.
Este é o homem que se teme
no juízo dos seus atos,
tornando o gesto adiado.
Sines, 7 de abril de 2020
José – António Chocolate
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